Vereadores e CSN se reúnem para rediscutirem projetos e impactos ambientais

por André Candreva publicado 26/03/2018 16h59, última modificação 26/03/2018 16h59

Os vereadores se reuniram na manhã do dia 5 de julho com os representantes da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), na sede da empresa em Casa de Pedra. O encontro foi uma iniciativa da comissão especial formada para debater e analisar assuntos relacionados a Serra Casa de Pedra. Na reunião também estiveram presentes o juiz de direito doutor Paulo Caixeta, o prefeito Anderson Cabido, o Secretario de Governo Divino Sabará, o assessor de assuntos parlamentares Ronaldo Assunção e o padre Paulo Barbosa.

 
O diretor da CSN em Congonhas Daniel dos Santos Junior lembrou que a ideia básica da reunião foi estreitar ainda mais os relacionamentos da empresa com a cidade de Congonhas. O objetivo principal foi estabelecer um diálogo transparente e rediscutir os projetos e impactos da mineração para com a cidade. Já a representante da CSN Silvia Naschenveng ressaltou que a partir desse encontro a companhia quer expor com clareza os projetos de expansão e do Distrito Industrial.
 
Durante a reunião os edis tiraram dúvidas a respeito dos diversos investimentos da CSN. Algumas das indagações foram a respeito da quantidade de minério que a empresa irá retirar nos próximos anos e a compatibilidade entre a mineração e a preservação dos mananciais de água, da fauna e flora e da moldura paisagística. O diretor Daniel dos Santos Junior explicou que o plano de negócio da CSN para a mina Casa de Pedra nos anos seguintes prevê a retirada de 40 milhões de toneladas de produto. Em 2011 a produção é de 20 milhões de toneladas de produtos.
 
A respeito da poeira em Congonhas, a empresa explicou que depois do estudo feito pela Brandt de Meio Ambiente, empresa contratada pela CSN para fazer um estudo climatológico de Congonhas, foram tomadas ações imediatas para minimizar os impactos ambientais, tais como a redução da pilha de minério que afeta  o bairro Cristo Rei, pois chega a população do bairro pelo ar, instalação de lava rodas para que os veículos não transportem minério para dentro da cidade, compra de 75 caminhões para eliminar o contrato de tabela de adesão, ou seja os caminhões antes não pertenciam a CSN e transitavam dentro da cidade, agora os mesmos só podem circular dentro da área da empresa e a não utilização de veículos que rodam dentro da mina e também trafegam na cidade com objetivo de reduzir além do trânsito, o acúmulo de minério no centro e bairros de Congonhas.
 
 
Outras iniciativas serão tomadas como a baldeação de trabalhadores em pontos estratégicos. O juiz Paulo Caixeta sugeriu que a empresa utilizasse a linha férrea como forma de transportar os trabalhadores da CSN. De acordo com o juiz a medida é barata e diminuiria o trânsito de ônibus, carros e vans na cidade.
 
Novos encontros serão marcados entre CSN, Câmara, Executivo e sociedade para debaterem a respeito dos investimentos e das questões que envolvem a mina Casa de Pedra e os impactos sobre a qualidade de vida em Congonhas.