Setor mineral brasileiro é destaque no cenário internacional

por André Candreva publicado 27/03/2018 06h12, última modificação 27/03/2018 06h12

Fonte: Hoje em Dia

 

Mesmo com a retração da atividade econômica da China, responsável pela compra de 52% do volume de exportações do minério de ferro brasileiro, as perspectivas para o segmento são otimistas. “A China necessita de nosso minério para o enriquecimento do que é produzido por eles para a melhora do insumo da sua produção siderúrgica”, afirma Cinthia de Paiva Rodrigues, Gerente de Pesquisa e Desenvolvimento do Ibram. Especialistas apontam para um impacto não maior do que 5% por cento na balança de exportação mineral brasileira, com a diminuição do volume de compra dos chineses.

 

Em contrapartida a esse cenário, a India desponta como um grande centro consumidor do minério de ferro do Brasil. A inclusão das classes de menor renda no consumo, fator verificado anteriormente no Brasil, faz com que aquele país possa se transformar em um dos maiores compradores de minério brasileiro nos próximos dez anos. Cinthia Rodrigues ressalta que embora essa possibilidade ainda esteja nos cenários previstos para a mineração, ela é real e animadora.

 

 

Brasil em números

 

As projeções para as exportações do minério de ferro brasileiro em 2015 tem números bastante alentadores para o setor. “Serão 345 milhões de toneladas exportadas até o final desse ano”, diz a gerente do Ibram. Se considerarmos a totalidade dos volumes exportados por toda a atividade minerária no país chegaremos a cifras superiores as 360 m/t.

 

Das 1,2 bilhão de toneladas produzidas no Brasil quase 60% é consumida pelo mercado interno. Mercado que se mantém ativo, com o aumento de produção de cobre, manganês e calcário, além dos agregados da Construção Civil.

 

 

A importância do setor

 

“O Setor Mineral está presente na casa e na comida dos brasileiros. Para construir uma moradia precisamos de elementos como a brita, areia, cimento, ferro e alumínio, por exemplo. Já para termos comida na mesa, a agricultura precisa de fertilizantes, o que envolve nitrogênio, potássio, fósforo. O mundo precisa de alimento, moradia, estradas, escolas, hospitais, aeroportos. A mineração é uma cadeia”, afirma o Diretor-Presidente do Instituto Brasileiro de Mineração, José Fernando Coura.

 

Para o diretor-presidente do IBRAM, a mineração no Brasil ainda tem espaço para crescer devido à riqueza geológica do País. “Para que a mineração tenha futuro é preciso um trinô-mio. O Brasil está na frente, pois possui sustentabilidade ambiental, competitividade e função social. Enquanto sem sustentabilidade não é possível evoluir, a competitividade envolve equipamentos modernos, menor consumo de energia e maior aproveitamento de recursos. Além desses pontos, a função social garante licença para operar. Eu acredito no futuro do Brasil”, completa.

 

“O setor de mineração brasileiro tem destaque no cenário internacional e pode ter ainda mais. Nós somos um País que possui uma geologia favorável, uma infraestrutura razoável. A mineração está em processo de expansão e é importante lembrar que todo desenvolvimento da Indústria Mineral brasileira se dá com a tecnologia nacional. Temos potencial para contribuir com mais geração de emprego e renda. Na Exposibram, queremos mostrar que o Brasil tem muitas condições, segurança, tecnologia e recursos humanos”, afirma o Diretor-Presidente.