Primavera na quinta, chuva no domingo
Com a chegada da Primavera nesta quinta-feira (23), às 0h08, ao hemisfério sul, a previsão dos meteorologistas é de que as chuvas voltem para valer a Minas Gerais já no próximo fim de semana. De acordo com o meteorologista Jorge Luiz Moreira, chefe da Seção de Previsão do 5° Distrito do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), uma massa fria que se desloca de São Paulo deve atingir o sul do Estado e provocar chuvas fortes na região. O tempo ficará instável, no final de semana, também na Zona da Mata, Região Central e Oeste de Minas.
Na capital e Região Metropolitana, a expectativa é de que as chuvas cheguem no domingo (26) ou na madrugada de segunda-feira (27). Segundo o meteorologista Ruibran dos Reis, coordenador do Instituto de Meteorologia Minas Tempo, a temperatura na capital continua quente até domingo, com máxima chegando aos 30 graus, mas cai na segunda-feira, quando a maior temperatura deve atingir 26 graus. Para as regiões norte e noroeste do Estado, a previsão é de que as chuvas só cheguem no primeiro fim de semana de outubro.
Jorge Luiz Moreira diz que não é possível prever o volume pluviométrico da estação chuvosa em Minas. Mas lembra que o mês de outubro é caracterizado por pancadas de chuva, rajada de ventos e granizo. Já Ruibran dos Reis considera que a quantidade de chuvas deve ficar dentro da média histórica registrada no Estado, entre outubro e abril, na casa dos 1.350 milímetros.
Mesmo com a longa estiagem, as flores já estão colorindo as ruas de Belo Horizonte. Segundo a paisagista Rozalia Magna, a falta de chuvas não chegou a prejudicar a floração de várias espécies de árvores típicas da paisagem urbana da capital, como os ipês branco e rosa, sibipirunas e a quaresmeira, árvore símbolo da cidade.
“Essas espécies até se beneficiam do período frio e seco. Ficam em estado de hibernação e acumulam energia para a fase de floração”, afirma. Já as hortênsias, diz a paisagista, vão demorar um pouco mais para florir. “Elas são espécies que precisam muito de umidade para florir, e com a longa estiagem sofrem bastante”, destaca.
Azaleias e espécies nativas do Cerrado, como a canela-de-ema, também, já exibem toda a exuberância de suas flores.
Para quem procura um local dentro da cidade para contemplar as cores da Primavera, Rozalia recomenda um passeio à Pampulha ou uma volta de carro pela BR-040, na altura dos condomínios de Nova Lima “Próximo à Usiminas, na Pampulha, os ipês brancos estão lindos e, às margens da BR-040, as árvores do Cerrado já estão pintadas de roxo”, diz.
Orquídeas requerem cuidados especiais
Outro roteiro interessante é visitar a 6ªExposição de Orquídeas, que será realizada no Pátio Savassi, de amanhã até domingo. Na mostra, estarão expostas 180 orquídeas de diferentes espécies e haverá um estande de vendas de mudas e de plantas adultas, com preços entre R$ 20 e R$ 150. Quem optar por levar uma das orquídeas para casa, avisa a paisagista Rozalia Magna, precisa saber que a espécie requer cuidados especiais, de poda, irrigação e adubação, para que tenha desenvolvimento pleno e boa floração.
“Primeiro é preciso se informar sobre a espécie escolhida para saber se ela se desenvolve melhor no sol ou na sombra. O local onde a planta será colocada é muito importante para a sua sobrevivência”, ensina.
Depois, continua a paisagista, se a orquídea estiver em um vaso de plástico, o ideal é transferi-la para outro de cerâmica, específico para a espécie. O ideal é que a planta tenha ventilação em suas raízes para que vivam mais tempo.
A irrigação é outro fator importante para o bom desenvolvimento das orquídeas. “Elas só devem ser irrigadas duas vezes por semana. O excesso de água pode levar a proliferação de fungos e até matar a planta”, avisa. O orquídea também precisa de adubação periódica e com produto adequado à espécie. “O mais indicado é procurar a ajuda de um agrônomo para a escolha do produto correto. Existem no mercado vários tipos de adubos que são específicos para as orquídeas e só um profissional poderá indicar o produto correto de acordo com a espécie”, explica.
Após a floração da orquídea, Rozalia recomenda que o galho de cada florada seja cortado para que uma nova brotação seja estimulada. A planta pode, nesta fase, ser ainda amarrada em um tronco de árvore para receber mais ventilação. O último cuidado é com o tratamento de doenças. Se qualquer sinal de falta de vitalidade for notado, um agrônomo deve ser consultado para indicar o tratamento adequado.
Fonte: Hoje em Dia