Prevista nova paralisação de ônibus nesta segunda (16)

por André Candreva publicado 26/03/2018 15h42, última modificação 03/02/2020 13h32

A exemplo do que aconteceu na sexta-feira (13), uma nova paralisação no transporte coletivo está prevista para acontecer nesta segunda (16) na capital e na Grande BH. É o que garante o presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Rodoviário de Belo Horizonte e Região Metropolitana (STTRBH), Ronaldo Batista. A categoria não informou quais linhas deverão deixar de circular, a partir da madrugada.

 

“Não vamos revelar nada, muito menos os pontos e estações escolhidos”, disse Batista. Na mobilização de sexta-feira, cerca de 300 ônibus, de 33 linhas diferentes, deixaram de circular na capital.

 

Segundo a diretoria do STTRBH, mais de 30 mil passageiros foram afetados. Na ocasião, o coordenador político da categoria, Denilson Dornelas, já havia sinalizado que, dependendo do resultado da ação, uma nova paralisação seria realizada pela categoria nesta segunda (16).

 

Segundo Ronaldo Batista, o Sindicato das Empresas de Transporte e Passageiros de Belo Horizonte (Setra) não se manifestou sobre as reivindicações trabalhistas dos rodoviários. “Diante da inércia da classe patronal em debater os quesitos em pauta, não nos resta outra alternativa senão mobilizar a categoria. Caso não haja negociação, vamos partir para uma greve geral”, ameaça.

 

O STTRBH alega que os donos das empresa de transporte coletivo descumpriram a convenção trabalhista assinada no último mês de março. Motoristas e cobradores reclamam que não têm mais direto a plano de saúde. Além disso, os rodoviários questionam os descontos de multas de trânsito e administrativas nos salários.
A assessoria de imprensa do Setra informou ontem que os donos das empresas de ônibus estão cumprindo o acordo assinado na última convenção do trabalho. A entidade afasta qualquer possibilidade de negociação.

 

O anúncio prévio da última paralisação dos ônibus causou reflexos negativos ao trânsito da capital. Usuários buscaram alternativas para driblar o transtorno, entre elas, utilizar o carro particular. O número de veículos que circulam no hipercentro aumentou, causando lentidão, engarrafamentos e paralisação parcial do trânsito.

 

Os principais corredores de tráfego, que interligam os bairros ao Centro, ficaram congestionados. Houve princípio de tumulto nas portas de algumas garagens de ônibus durante a madrugada. Sindicalistas queriam impedir que colegas trabalhassem.

 

Fonte: Hoje em Dia