Pesquisa da CNT revela que 22,3% das rodovias de Minas são ruins

por André Candreva publicado 26/03/2018 15h55, última modificação 26/03/2018 15h55

Pesquisa da Confederação Nacional de Transportes (CNT) divulgada nesta terça-feira (14) em Brasília revela que 17,4% das rodovias brasileiras estão ruins e 33,4 regulares. Dos 90,9 mil quilômetros de estradas analisados entre 3 de maio e 8 de junho deste ano por 15 equipes, 14,7% foram classificadas como ótimas e 26,5% boas. Em 2009, a Pesquisa CNT de Rodovias analisou 89.552 queilômetros. O percentual de rodovias ótimas foi de 13,5%, e de boas, de 17,5%. As regulares somaram 45%. E os índices de ruins ou péssimas foram de 16,9% e 7,1%, respectivamente.

 

Entre as rodovias de Minas, 22,3% foram consideradas ruins e 40,9% regulares. Apenas 9,2% das estradas federais e estaduais que cortam o Estado foram consideradas ótimas, 5,2% péssimas e 22,4% boas. A CNT percorreu 13.931 quilômetros de rodovias no Estado. Uma das constatações é a de que no Estado 12.746 quilômetros, ou seja, 91,5% têm pista simples de mão dupla, o que aumenta os riscos de acidentes.

 

Ainda segundo a CNT, em apenas 822 quilômetros, 5,6% do total, as pistas são duplas com canteiro central. A ligação entre Curvelo, na Região Central de Minas, e Ibotirama, na Bahia, está entre as dez piores do Brasil. Em Minas, foram analisadas a MG-122 e a BR-122, e na Bahia, a BA-030/BR-030, BA-160 e a BR-135.

 

Segundo a CNT, em relação à pesquisa de 2009 foi possível observar uma melhoria na extensão do pavimento classificado como ótimo ou bom de 8,3 pontos percentuais. Com relação à sinalização, também houve melhoria na extensão dos trechos classificados como ótimos ou bons de 5,7 pontos percentuais.

 

Na avaliação do presidente da CNT, Clésio Andrade, a melhoria da situação rodoviária brasileira é reflexo do maior investimento em obras de infraestrutura. De 2007 a agosto de 2010, o Governo federal investiu R$ 27,71 bilhões em infraestrutura de transportes.

 

A Pesquisa CNT de Rodovias avalia a situação das rodovias a partir da perspectiva dos usuários, tanto sobre o aspecto da segurança como do desempenho. A metodologia baseia-se em normas técnicas de engenharia viária e permite a identificação de elementos necessários ao planejamento do transporte e também à gerência das rodovias.

 

Fonte: Hoje em Dia