Nas ondas do rádio

por André Candreva publicado 26/03/2018 21h17, última modificação 26/03/2018 21h17

 Fonte: Secom

 
A Prefeitura Municipal de Congonhas, por meio da Fundação Municipal de Cultura, Lazer e Turismo (FUMCULT), programou um ano inteiro de atividades para celebrar os 30 anos do título de Patrimônio Mundial. A honraria foi concedida em 1985, pela Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (UNESCO), ao Santuário de Bom Jesus de Matosinhos. Desde então, a cidade integra a seleta lista dos 12 sítios de relevância cultural universal no Brasil. A Quaresma e a Semana Santa, importantes exemplos do patrimônio imaterial do nosso povo, ganharão destaque nesta programação com diversas ações, a começar pelo Programa de Educação Patrimonial.
 
Ao longo do ano, todas as atividades serão realizadas com o objetivo de mostrar que ao preservar sua memória, o cidadão defende a própria identidade. Durante a Quaresma e a Semana Santa, por exemplo, o projeto vai virar realidade na série de programas Patrimônio Vivo, realizados pela Rádio Educativa FM, recuperando personagens, fatos, curiosidades e histórias que marcaram época no imaginário popular. A equipe de Educação Patrimonial, coordenada pela educadora Lulude Reis, gravou depoimentos e cuidou do roteiro dos programas, que começam a ser exibidos a partir de agora na emissora. Foi importante perceber como a nossa história e o patrimônio estão vivos e presentes na memória de cada morador, conta.
 
Os relatos foram feitos nos estúdios da Rádio Educativa por habitantes da cidade, como Virgínia Gurgel, Zezeca Junqueira, Roberto Candreva, Célia Coelho, Paulo Soares e Rosa Magalhães. Todos eles são ilustres personagens da tradição religiosa da Semana Santa, uma das principais do Brasil. Para transformar as memórias em programas de rádio, uma ampla equipe de radialistas, técnicos e pesquisadores, se desdobrou nos últimos dias nos bastidores. O resultado começa a ser exibido, a partir de agora.
 
Rico Acervo
 
O Santuário do Bom Jesus de Matosinhos é uma obra de arte a céu aberto. Incluído na Lista do Patrimônio Mundial em 1985, abriga a maior coleção de esculturas do artista brasileiro Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho – principal nome da arte colonial, morto em 1814. São 12 apóstolos do Antigo Testamento e 64 peças dos Passos da Paixão de Cristo. O conjunto arquitetônico do santuário foi feito ao longo de mais de um século. Começou pela igreja, construída a partir de 1757, e inclui: o adro (pátio externo); a escadaria, onde estão os famosos Profetas de Aleijadinho; e seis capelas, a última delas concluída em 1875.