Mulheres estão trocando as bolsas por tecnologia

por André Candreva publicado 26/03/2018 16h07, última modificação 26/03/2018 16h07

Usar o celular para enviar e-mails do trabalho e fazer ligações de negócios, levar o notebook para todo lado, fazer ginástica escutando música em um aparelho de reprodução MP3 e claro, estar sempre conectada ao mundo virtual é rotina de cada vez mais mulheres. E a tendência é aumentar, segundo pesquisa realizada pela Sophia Mind, empresa especializada em estudar o comportamento feminino, e proprietária do famoso portal “Banheiro de Mulher”.

O estudo indica que 81% das mulheres brasileiras com idades entre 18 e 60 anos querem comprar um produto tecnológico nos próximos seis meses. Dessas, mais de 60% preferem os multifuncionais, 47% os produtos úteis ao trabalho e aos estudos, 36% algo destinado ao lazer e 27% devem procurar por algo que atenda a toda a família. Entre os mais desejados estão televisão de LCD, notebooks, smartphones e câmeras digitais.

Na hora de ir às compras, segundo a maioria, serão observadas as seguintes características: facilidade de manuseio, capacidade de armazenamento e processamento de dados, qualidade de som e imagem, acesso à internet e design moderno.

Para o diretor da Sophia Mind, Bruno Maletta, essa intenção de se integrar ao mundo tecnológico pode ser um reflexo das posições de maior destaque que as mulheres têm ocupado no mercado de trabalho e, consequentemente, da renda mais alta. “Mais de 80% das mulheres querendo comprar novas tecnologias em prazo tão curto pode parecer exagero, mas não surpreende. Elas associam cada vez mais a tecnologia à possibilidade de facilitar o cotidiano. E se tiverem dinheiro na mão vão às compras mesmo!”, afirma Maletta.

Para a médica e residente em Ginecologia e Obstetrícia Juliana Eugênio de Souza, 26 anos, alguns equipamentos estão tão inseridos na sua rotina quanto o estetoscópio. No iPhone, ela usa um aplicativo para pesquisar a dosagem de medicamentos, calcular a idade gestacional das pacientes e ler artigos científicos.

Antes de comprar o queridinho entre todos os celulares, Juliana usava um Palm. Em casa, é no notebook que guarda trabalhos, artigos e acessa às atualizações enviadas pela Associação Mineira de Ginecologia e Obstetrícia. “Eu nunca me preocupei muito em ter os produtos da moda. Fui me adaptando às tecnologias porque senti necessidade no trabalho”, conta a médica.

Na lista de compras, o primeiro item é um e-book. “Quero um iPad ou Kindle para reunir vários livros, científicos e para o lazer, em um aparelho só.”

 

Fonte: Hoje em Dia