MG - Parque do Sumidouro abre as portas para a população

por André Candreva publicado 26/03/2018 15h26, última modificação 03/02/2020 13h30

O Parque Estadual do Sumidouro, localizado no Bairro Quintas do Sumidouro, em Pedro Leopoldo, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, abriu suas portas à população para uma descoberta de riquezas e de conhecimento. Neste domingo, o espaço de 2 mil hectares saiu oficialmente do papel, depois de uma batalha que se arrastou durante 30 anos.

A cerimônia marcou a entrega do complexo de obras do Parque do Sumidouro e a restauração da casa Fernão Dias. O governador Antônio Anastasia assinou ainda quatro decretos de criação de unidades de conservação, que integram o Sistema de Áreas Protegidas do Vetor Norte da Grande BH. De acordo com a presidente da Associação Mineira de Defesa do Meio Ambiente (Amda), Maria Dalci Ricas, o Sumidouro é o primeiro ato concreto do sistema de áreas protegidas da região cárstica. A expectativa é de que sejam criadas todas as 12 unidades prometidas ao Conselho de Política Ambiental (Copam) para a licença de construção do Centro Administrativo.

Do lado de fora do parque, moradores da região protestaram. Faixas descreviam a insatisfação e pediam que os olhares também sejam voltados para os problemas sociais da área. Os ânimos se exaltaram e o Batalhão de Choque fez um cordão de isolamento na entrada. O secretário-adjunto de Estado de Meio Ambiente e diretor-geral do Instituto Estadual de Florestas (IEF), Shelley de Souza Carneiro, explicou que a população associou, erroneamente, o parque a uma ação comandada pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e pelo Ministério Público Estadual, há pouco mais de um mês.

Durante a intervenção, uma das pedreiras em funcionamento na região foi fechada. Segundo as autoridades, ela não tinha autorização e dispunha de péssimas condições trabalhistas e humanas. "Com a estrutura que temos, podemos discutir com a população e ver o que é possível fazer, mas sempre com a anuência do Ibama, por se tratar de uma área federal e de grande sensibilidade. Nós nos propomos a negociar e a fazer a intermediação das licenças das pedreiras, de forma a compatibilizar as necessidades sociais com as ambientais", afirmou Shelley Carneiro.

 

Fonte: Estaminas