Manutenção de empregados do Itac de Pitangui é indefinida
Fonte: ALMG
As indefinições quanto à federalização do Instituto Técnico de Agropecuária e Cooperativismo (Itac) de Pitangui (Região Central do Estado), ligado à Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig), e, consequentemente, quanto à manutenção dos empregados da Epamig que hoje atuam no Itac foram alguns dos pontos discutidos durante a visita que a Comissão de Política Agropecuária e Agroindustrial da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) realizou nesta segunda-feira (14/9/15) ao instituto.
A Lei 21.435, de 2014, autorizou a Epamig a doar à União a Fazenda Experimental de Pitangui, com cerca de 442 hectares, onde funciona o Itac. A norma prevê no local a instalação de um campus avançado do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Minas Gerais (Ifet-MG), bem como a transferência das atividades administrativas, operacionais, didáticas e de pesquisa do Itac ao Ifet ou outra entidade federal.
Embora a lei autorize a cessão de empregados da Epamig ao órgão ou entidade federal que assumir as atividades do Itac, em dezembro de 2014, a Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão (Seplag) indeferiu o pedido de cessão à União dos 56 funcionários da Epamig de Pitangui, o que gerou uma indefinição quanto à situação dessas pessoas, que atuam direta ou indiretamente nas atividades de formação dos alunos do instituto técnico.
A gerente de ensino do Itac, Lucy Maria Lopes de Abreu Lobato, defende a federalização como uma forma de desenvolvimento educacional e técnico da região. Para ela, federalizar é uma forma de fortalecer o Itac, por meio da oferta de novos cursos, devido ao potencial que a fazenda demostra nas áreas agrícola, de agrimensura, agronomia e também zootecnia. “Acreditamos nisso porque já estamos na Epamig, o que é um ponto forte que temos aqui”, disse.
Além disso, segundo ela, outro ponto importante é que, a partir da federalização, a escola estaria ligada a uma instituição de ensino, o que seria fundamental para a busca de recursos. ”Uma das nossas dificuldades, desde a criação do instituto, é que somos mantidos por uma entidade de pesquisa, que é muito importante, mas infelizmente não tem como missão educar. Isso é um gargalo em nossas atividades porque não conseguimos recursos financeiros na Epamig para fins de educação”, explicou.
Entretanto, Lucy Lobato pondera que, se a federalização fosse feita hoje, a Epamig sairia da Fazenda Experimental de Pitangui (já que a lei transfere a totalidade da área para a instalação do Ifet) e os seus funcionários seriam transferidos para outras fazendas da entidade, em outros municípios. Isso aconteceria porque a manutenção dos empregados, após a federalização, foi vetada pela Seplag. Segundo Lucy Lobato, uma alternativa que tem sido defendida pelo presidente da Epamig, Ruy Werneck, com o apoio dos funcionários da entidade, é a divisão da fazenda, de forma que parte de sua área seja destinada à federalização do instituto e a outra seja mantida com a Epamig. O processo de federalização do Itac, atualmente, encontra-se parado.
A permanência da Epamig na região também foi defendida pelo gerente administrativo do Itac, Francisco Olavo Coutinho da Costa, favorável à federalização do instituto em parceria com a Epamig. Ele exemplificou que, em cidades como Lavras (Sul de Minas) e Viçosa (Zona da Mata), a Epamig trabalha em conjunto com as universidades, que, por sua vez, contam com a entidade na área de pesquisa.
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