Igreja construída em 1733 é restaurada em Conselheiro Lafaiete

por André Candreva publicado 26/03/2018 15h46, última modificação 26/03/2018 15h46

Segurança, preservação e vida nova para o templo católico mais antigo de Conselheiro Lafaiete, na Região Central, a 100 quilômetros de Belo Horizonte. Fechada há quatro anos por questão de segurança, a Matriz de Nossa Senhora da Conceição, construída em 1733, está em obras, com previsão de término no fim do ano que vem. “Tenho certeza de que vamos celebrar a festa da padroeira, em 8 de dezembro de 2011, com a igreja recuperada”, acredita piamente o titular da paróquia, padre José Maria Coelho da Silva. Ele explica que se trata da segunda etapa, já que, em 2006 e 2007, houve intervenção na alvenaria, telhado baixo, portas e janelas.

A nova e ampla etapa, iniciada há dois meses, tem patrocínio da siderúrgica Gerdau/Açominas, em parceria com a Paróquia Nossa Senhora da Conceição, Ministério Público Estadual, prefeitura e Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). De acordo com informações da empresa, o investimento é de R$ 3,5 milhões, financiado pelo banco. O projeto de restauro do templo, tombado pelo município, inclui a reforma da estrutura, revestimentos, piso, forro, pintura, esquadrias, instalações elétricas, telhado e área externa. Para garantir o perfeito andamento dos serviços (qualidade, custos, cumprimento de prazos e outros aspectos técnicos), o gerenciamento e a fiscalização estão sob responsabilidade da Gerdau.

Entusiasmado, padre José Maria diz que todo o piso de ladrilho hidráulico, colocado na década de 1960, será trocado por tábuas corridas, conferindo o aspecto original à igreja de estilo barroco. Para isso, será feito um rebaixamento, criando-se condições, também, para a ventilação dessa área. Para a parte externa, está previsto um projeto paisagístico, com iluminação adequada e pedras distribuídas pelo chão. O padre lembra que, quando a igreja foi fechada, o grande problema era a falta de segurança, temendo-se que uma parte da cobertura caísse sobre os fiéis. Assim, a alternativa foi transferir missas e outras celebrações religiosas para o vizinho salão paroquial, com capacidade para 1,2 mil pessoas sentadas. Todos os trabalhos são acompanhados pelo Conselho Municipal do Patrimônio Histórico e Cultural.

Por enquanto, os elementos artísticos não fazem parte do cronograma de obras. “Mas já estamos correndo atrás dos recursos para que, assim que terminarmos os serviços estruturais, possamos restaurar os altares, teto e outras partes”, antecipa o padre. O secretário municipal de Cultura, João Batista da Silva Neto, destaca que a matriz está localizada entre as praças Barão de Queluz e Tiradentes, onde a cidade começou, “representando um marco da Estrada Real”.

Na internet

Mesmo com a igreja de portas fechadas, os paroquianos não ficam longe do seu patrimônio histórico e espiritual maior. O andamento da restauração pode ser acompanhado, em tempo real, pelo site da paróquia, o www.igrejamatrizcl.com.br. “Neste endereço eletrônico, os interessados têm acesso a informações sobre a reforma e podem conferir fotos de cada etapa. Atualizo o site todos os dias”, diz o padre.

 

Fonte: Estaminas