Coral Cidade dos Profetas homenageia o compositor Manoel Dias de Oliveira
O Coral Cidade dos Profetas homenageia, no dia 11 de outubro, às 11h, na Basílica do Senhor Bom Jesus de Matosinhos, um dos mais importantes ícones da música colonial mineira, o grande mestre Manoel Dias de Oliveira (1735-1813). Com participação especial da solista Elenis Guimarães, o concerto será regido pelo maestro Herculano Amâncio, à frente do Coral desde sua fundação. No programa, Kirie Missa de Oitavo Tom, Vespere Autem e Magnificat, de Manoel Dias de Oliveira, Concerto para dois violinos em lá menor, de Vivaldi, Alleluia, de Mozart, Ária para soprano e Glory to God O Messias, de Haendel, e Jesu Mine Freud, de Bach. A apresentação faz parte da série Concertos Coloniais, que também integra às homenagens ao Bicentenário de Aleijadinho. O projeto tem patrocínio da Vale e apoio cultural da Prefeitura Municipal de Congonhas.
O compositor homenageado atuou, principalmente, na Comarca do Rio das Mortes, região que compreendia as vilas de São João d´El Rei, São José do Rio das Mortes, hoje (Tiradentes) e Prados. Mas há documentos que atestam sua atuação no Arraial das Congonhas, onde compôs várias peças musicais para os festejos do jubileu. Além de obras do consagrado compositor brasileiro, o concerto promove, uma vez mais, um diálogo estético e artístico entre a música sacra antiga de Minas e a música de grandes mestres europeus, possibilitando ao público conhecer um pouco mais da música barroca mineira e da música universal.
As próximas apresentações do Coral Cidade dos Profetas serão nos dias 8 de novembro, no encerramento do Bicentenário de Aleijadinho, e 13 de dezembro, em apresentação com músicas natalinas.
Manuel Dias de Oliveira
Manuel Dias de Oliveira, desde a juventude se dedicou a um gênero musical, o moteto, sendo a maior parte de suas obras compostas para ocasião das visitações dos Passos na Semana Santa. Destacam-se também várias composições em língua portuguesa, o que imprime ao compositor características muito especiais, pois em sua época o latim predominava na música sacra. Sua peça “Amante Supremo”, em português, é uma obra prima do barroco musical mineiro. Neste moteto, cantado por dois coros alternados, configuram as contradições entre a vida e a morte, a inocência e a culpa, a crucificação e a libertação, dualidades conflitantes da expressão barroca.
Músico extremamente valorizado chegou a receber no ano de 1780, por uma única semana de trabalho musical para a Semana Santa, o que o Aleijadinho recebera no mesmo ano por sete meses de trabalho. De sua autoria, incluímos as peças “Magnificat”, “Missa de Oitavo Tom” e “Vespere Autem”, no repertório de hoje.
Música colonial mineira
Elemento artístico e cultural da história de Minas Gerais, a música colonial mineira alcançou seu apogeu no auge da extração do ouro e do diamante no século XVIII. Entretanto, tendo em vista o esgotamento das jazidas conhecidas à época, as primeiras vilas, arraiais e cidades do Estado foram assoladas pelo empobrecimento, fazendo com que esplendorosa produção musical acabasse abandonada e caísse no esquecimento, permanecendo ignorada pelos brasileiros por mais de um século.
Somente a partir de 1944 é que o musicólogo alemão, naturalizado uruguaio, Francisco Curt Lange, ao pesquisar a música colonial no Brasil, redescobriu, no interior do Estado, este fascinante tesouro, que agora tem sido interpretado com regularidade pelo Coral Cidade dos Profetas, na série Concertos Coloniais. Na época da criação do grupo vocal, em 1988, tais sons antigos eram, ainda, apenas objeto de estudos em universidades e conservatórios, sendo exibidos em raras ocasiões ao grande público. A partir de sua criação, o Coral aceitou o desafio de difundir tal legado, passando, também, a pesquisar, estudar e mostrar este invejável patrimônio imaterial.
O Coral Cidade dos Profetas
Fundado em 1988, por um grupo de pessoas interessadas em aprender música, o Coral Cidade dos Profetas surgiu com a preocupação de aliar a arte musical à arquitetura barroca, grande patrimônio da cidade histórica de Congonhas (MG). Ao se especializar na interpretação de música sacra antiga, notadamente a Colonial Mineira, o grupo se tornou um dos principais protagonistas da divulgação deste inigualável patrimônio imaterial de Minas Gerais.
O Coral é mantido pela Associação Cultural Canto Livre, entidade sem fins lucrativos, declarada de utilidade pública pela Lei Municipal Nº 2617/2006 e pela Lei Estadual Nº 19510/2011, oferecendo, gratuitamente, por meio da Associação, formação musical a pessoas com idades entre 12 e 80 anos. O grupo é reconhecido como uma das mais belas manifestações culturais do interior de Minas Gerais.
No currículo do Coral, há diversos projetos, como o “Concerto à Virgem Maria e ao Seu Divino Filho”, os “Concertos em Homenagem ao Aleijadinho” e os “Concertos da Paixão”. O mais recente trabalho do grupo é o “CD Coral Cidade dos Profetas” – no qual o grupo interpreta obras de Lobo de Mesquita. Em novembro de 2013, iniciou-se aSérie Concertos Coloniais. A proposta é fazer entoar o repertório antigo para as novas gerações e inaugurar uma nova opção cultural e turística em Congonhas, com a realização mensal de grandes concertos nas igrejas barrocas da cidade.
SERVIÇO:
Coral Cidade dos Profetas
Tributo a Manoel Dias de Oliveira
11 de outubro, às 11h, em Congonhas
Basílica do Senhor Bom Jesus de Matosinhos
Regência: Herculano Amâncio
Elenis Guimarães, solista convidada
Kirie Missa de Oitavo Tom - Manoel Dias de Oliveira
Vespere Autem - Manoel Dias de Oliveira
Magnificat - Manoel Dias de Oliveira
Concerto para dois violinos em lá menor - A. Vivaldi
Alleluia (do moteto "Exultate, Jubilate") - V. A. Mozart
Ária para soprano – Rejoice Greatly - O Messias G. F. Haendel
Glory to God O Messias - G. F. Haendel
Jesu Mine Freud - BWV 227 - J. S. Bach
Coral Número 04 - Cantata 140
Entrada gratuita (sujeito a lotação do espaço).
Informações para a imprensa:
Personal Press
Polliane Eliziário – (31) 9788-3029 – polliane.eliziario@personalpress.jor.br
Anne Morais – (31) 9223-6076 – anne.morais@personalpress.jor.br
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