Chuva acima da média em novembro melhora o nível dos reservatórios

por André Candreva publicado 27/03/2018 06h55, última modificação 27/03/2018 06h55

 Fonte: O Tempo

 
As chuvas acima da média histórica no mês de novembro contribuíram para elevar os níveis dos reservatórios que abastecem Belo Horizonte e a região metropolitana. Nesta quinta-feira e primeiro dia de dezembro,  o nível do Sistema Paraopeba, composto por três reservatórios, mais que dobrou se comparado ao mesmo período do ano passado. Em 1º de dezembro de 2016, o nível está em 52,8%, já em 1º de dezembro do ano passado o sistema estava com 21,3%. Os dados são da Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa). 
 
Além do Sistema Paraopeba, a vazão do rio das Velhas também teve uma significativa melhora. No primeiro dia de novembro, a vazão do rio era de 9,5 metros cúbicos por segundo, já no último dia do mês, nessa quarta-feira (30), a vazão era de 98,7 metros cúbicos de água por segundo. No mesmo dia do ano passado, a vazão do rio das Velhas era de 26,6 metros cúbicos de água por segundo.
 
A melhora se deve ao volume de chuvas em novembro, que ficou 20,2% acima da média histórica que é de 227,6 milímetros. No mês passado choveram 273 milímetros, segundo dados do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). Já no ano passado, no mesmo período, as chuvas ficaram abaixo da média histórica. Em novembro de 2015, choveram apenas 183 milímetros.
 
As chuvas acima da média se devem a uma frente fria que paralisou sobre a região Sudeste do Brasil unida a um fluxo de ar úmido vindo da Amazônia. Esse fluxo já caminhou para o Nordeste do país, porém já estamos com uma nova formação de nebulosidade na altura do Triângulo Mineiro que deve provocar chuvas a partir da semana que vem, afirma o meteorologista Luiz Ladeia, do Inmet.
 
Segundo ele, a expectativa é que no mês de dezembro as chuvas também superem a média histórica que é de 319 milímetros. Neste início de dezembro, dos três reservatórios que compõem o Sistema Paraopeba, o que está com a melhor vazão é o Rio Manso, que está com 71,7% da sua capacidade. Seguido dele vem o Vargem das Flores, que está com 34,8% da sua capacidade e, por fim, o Serra Azul, que está com 28,7% da sua capacidade.
 
Neste mês de novembro, nos três reservatórios choveu acima da média histórica esperada para o período. Além das chuvas acima da média, a Copasa atribui a melhora a um sistema de captação implementado em dezembro do ano passado.
 
A maior contribuição para recuperação dos reservatórios da bacia do Paraopeba foi o início de operação, em dezembro de 2015, da captação a fio d’água no rio Paraopeba. Esse sistema tem capacidade de captar até 5.000 litros por segundo. A água captada no rio Paraopeba é levada diretamente à Estação de Tratamento de Água (ETA) do rio Manso por meio de uma adutora de 6,5 quilômetros. Na ETA do Rio Manso, a água passa pelos processos de coagulação, floculação, decantação, filtração, cloração e fluoretação e, depois, é distribuída à população. Com a contribuição desse novo sistema foi possível acumular um volume maior no reservatório, informou a Copasa por nota.