Brasil bate recorde em 2010 e arrecada R$ 826 bilhões em impostos

por André Candreva publicado 26/03/2018 16h29, última modificação 26/03/2018 16h29

A arrecadação de impostos e contribuições administradas pelo governo federal atingiu o recorde de R$ 826 bilhões em 2010, um aumento de 9,85% em relação a 2009, segundo dados corrigidos pela inflação divulgados nesta quinta-feira pela Receita Federal.

 

Sem ajustar pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo, do IBGE), o valor do ano passado chega a R$ 805 bilhões, o que representa aumento de 15,38% sobre 2009. Em ambos os casos, trata-se do maior volume da história para um ano.

 

Em dezembro, o total arrecadado pelo governo foi de R$ 90,9 bilhões, volume 16% superior ao de igual período do ano anterior (corrigido pela inflação). O resultado positivo ocorre após queda de 12,28% em novembro, quando havia sido interrompido um ciclo de altas na arrecadação que durava 13 meses.

 

Seu bolso

 

O resultado da arrecadação do governo, seja quando ela aumenta ou diminui, tem um impacto indireto no bolso dos brasileiros.

 

O crescimento da arrecadação pode levar o governo a fazer mais investimentos no setor público, como a contratação de servidores ou mesmo por meio de aumento nos salários dos funcionários, o que deveria resultar na melhora dos serviços oferecidos à população – o que nem sempre acontece.

 

O aumento na arrecadação significa ainda que os brasileiros pagaram mais impostos, seja porque as empresas geraram mais emprego, aumentando a contribuição, seja porque as consumiram mais produtos – sobre os quais a carga tributária é intensa – ou mesmo em razão da criação de novos tributos.

 

Já quando a arrecadação do governo cai, a tendência é que ocorra um corte de gastos. Entretanto, o setor público não tem como reduzir suas despesas imediatamente, porque não dá para cortar funcionalismo, deixar de pagar Previdência e interromper investimentos em andamento. O governo não vai parar uma obra no meio, por exemplo. Portanto, a tendência é ele pegar dinheiro emprestado no mercado ou lançar medidas para aumentar a arrecadação.

 

Entretanto, se a queda na arrecadação persiste por um longo período, o governo pode reduzir seus planos de investimentos futuros, o que pode ter efeitos nos diversos setores, como infraestrutura, educação e saúde.

 

Fonte: Hoje em Dia