Bandeira verde entra em vigor e suspende taxa extra na conta de luz

por André Candreva publicado 27/03/2018 06h35, última modificação 27/03/2018 06h35

 Fonte: Brasil.gov

 
A bandeira tarifária das contas de energia elétrica será verde a partir desta sexta-feira (1º), eliminando a taxa extra que era cobrada dos consumidores. 
A mudança foi possível após o desligamento de mais usinas termelétricas, que têm custo mais elevado, da inclusão de novas usinas de energia elétrica ao sistema 
elétrico brasileiro e da recuperação dos reservatórios das hidrelétricas. Em março, esses fatores já tinham permitido a mudança da bandeira vermelha para a amarela. 
Agora a conta de luz dos brasileiros fica livre da taxa extra.
 
A mudança da bandeira amarela para verde a partir do primeiro dia de abril foi anunciada em 25 de fevereiro pelo Ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, 
após decisão em reunião extraordinária do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE).  Essa será a terceira vez em que haverá desligamento de térmicas mais caras, 
com reflexo de redução nos valores da conta de luz.
 
Serão desligadas mais 21 usinas térmicas, que somam cerca de 5 mil megawatts (4.981 MW),  com economia adicional para o setor elétrico de cerca de  R$ 10 bilhões no ano.
Na reunião extraordinária do colegiado foi decidido acrescentar mais 14 usinas na lista de empreendimentos a serem desligados a partir de abril. Inicialmente, 
o CMSE havia deliberado, em sua reunião de fevereiro, desligar sete térmicas.
 
A primeira redução do total de térmicas ligadas no País ocorreu em agosto de 2015, quando foram retiradas do despacho de base as térmicas com o custo unitário acima 
de R$ 600/ MWh, o que permitiu redução da bandeira tarifária vermelha de R$ 5,50 para R$ 4,50 a cada 100 kilowatts-hora (kWh).
 
Em janeiro, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), responsável pela aplicação das bandeiras tarifárias, fixou para fevereiro uma bandeira vermelha com custo 
ainda menor, de R$ 3,00 a cada 100 kWh, permitindo nova redução do gasto dos consumidores de todo o país com a conta de luz.
 
Em março, o CMSE decidiu desligar mais sete usinas, com custo entre R$ 600,00/MWh e R$ 420,00/MWh, colocando em vigor a bandeira amarela, com menor custo para o consumidor.
A bandeira amarela representa R$ 1,50, aplicados a cada 100 kWh.
 
Criado pela Aneel, o sistema de bandeiras tarifárias é acionado em período de escassez hídrica para sinalizar com precisão o custo real da energia gerada, possibilitando 
aos consumidores o uso consciente da eletricidade.
 
Histórico
 
O sistema de bandeiras tarifárias foi regulamentado pela Aneel em dezembro de 2012. De julho de 2013 a dezembro de 2014, as bandeiras tarifárias foram divulgadas em 
caráter didático, sem a cobrança, com o objetivo de o consumidor conhecer o sistema.
 
A cobrança efetiva começou em janeiro de 2015 e, a partir de março desse ano, a divisão por submercado deu lugar a uma única bandeira para todo o sistema interligado 
nacional. A incidência da bandeira vermelha durante 2015 se deu em função do rigoroso período seco pelo qual o Brasil passou e que afetou principalmente os reservatórios 
das hidrelétricas e motivou a utilização das termelétricas para suprir o sistema.