Agilidade, dica de ouro para quem vai prestar o Enem

por André Candreva publicado 26/03/2018 16h19, última modificação 26/03/2018 16h19

No Dia D do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), dicas básicas de educadores devem ser seguidas à risca para garantir o sucesso na prova. As palavras de ordem são concentração e disposição. Dormir bem, fazer uma alimentação leve, evitar estresse e otimizar o tempo durante os testes são conselhos essenciais para um bom desempenho.

O resultado será usado para preencher cerca de 83 mil vagas, nas 83 universidades e institutos federais de educação, ciência e tecnologia de todo o país. Mais de 4,6 milhões de candidatos farão o Enem neste final de semana. O Sudeste é a região com maior número de inscrições, 1.798.863, seguida pela Nordeste, com 1.397.282. Em Minas Gerais, inscreveram-se 538.864 estudantes.

O exame é o único critério de seleção para o ProUni e quesito fundamental para quem precisa lançar mão do Fies, o programa oficial de financiamento estudantil.

No sábado (6), são 90 questões de múltipla escolha sobre Ciências Humanas e Ciências da Natureza para serem respondidas em quatro horas e meia, das 13 às 17h30. Já no domingo (7), as provas serão aplicadas das 13 às 18h30, com mais 90 questões de Linguagens, Códigos e suas Tecnologias, Matemática e suas Tecnologias, além da redação. Os portões serão fechados às 12h55, horário de Brasília. Para evitar atraso, é melhor sair de casa com boa antecedência e, se puder, visitar ainda na sexta-feira (5) o local da prova, percorrendo o trajeto a ser feito no dia do exame.

O consultor educacional e diretor pedagógico do pré-vestibular e Colégio Chromos Pampulha, Francisco Aurélio Madeira da Silva, alerta que, nos dois dias de prova, o candidato terá, em média, apenas três minutos para responder a cada uma das 90 questões. “A dica é seguir tranquilo para os testes, dormir bem na véspera, fazer uma alimentação leve e, já na sala, ficar atento ao comando das questões”.
Ainda segundo o professor, as provas do Enem têm características que as diferenciam dos vestibulares tradicionais – como a valorização da cidadania, o que é politicamente correto. O conselho, portanto, é fugir de “armadilhas” como prováveis questões contra valores ou princípios éticos.

Outra artimanha do Enem, segundo o professor, é o “peso oculto” das perguntas, ou seja, cada uma tem um peso específico, mas o candidato jamais saberá o real valor, a menos que considere que as mais fáceis valem menos e as melhor elaboradas, mais. “É como se o vestibular tradicional fosse o futebol e o Enem o basquete, quando determinadas jogadas valem mais pontos”, compara. Ele orienta os candidatos a permanecer na sala até o fim do teste.

O professor de Física e Matemática do Colégio Bernoulli, Rommel Fernando Domingos, observa que a prova de Matemática é a que mais apavora e “agarra” os candidatos. Por isso, nunca deve ser deixada para o final, quando o estresse se torna maior e o raciocínio mais lento. Já a redação deve ser redigida em uma hora. Os temas possíveis para este ano deverão ser relacionados a acontecimentos recentes, como o maior vazamento de petróleo do mundo, ocorrido no Golfo do México; o terremoto que abalou o Haiti e a falta de ajuda humanitária ao país; ou o polêmico enriquecimento de urânio do Irã, episódio em que o Brasil exerceu papel fundamental nas negociações diplomáticas.

Como as provas são longas e exaustivas, Domingos aconselha evitar pular as questões. “Se não souber a resposta, deve-se chutar e partir para a próxima, seguir em frente”.

Como o tempo de prova é longo, o melhor a fazer é levar um bom lanche, de preferência calórico, como chocolate ou barras de cereais, para compensar a queda de glicose, comum em situações de estresse.

 

Fonte: Hoje em Dia.